A produção do colóquio A crítica da arquitetura, suas mídias e memória deu origem a uma publicação de mesmo nome. Como o evento, a versão publicada é dedicada a interpretar a crítica da arquitetura das já longínquas décadas de 1940, 1950 e 1960. No entanto, apesar de atenta às situações de enunciação das fontes com que trabalha, a publicação se evidencia também como um documento de seu próprio tempo.

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Ao reunir os escritos produzidos para o encontro – textos elaborados para as apresentações de alguns dos participantes e outros documentos relativos à sua construção, tais como, bibliografia temática, comentários e notas das reuniões preparatórias – torna visível parte de um trabalho realizado a muitas mãos entre 2020 e 2022.

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Assim, essa publicação pode ser lida também como testemunho, um registro de processo: a preparação de um colóquio em que a vontade de construir coletivamente – por meio de reuniões, de grupos de trabalhos e de trocas de correspondências – foi atravessada pelas incertezas e os limites impostos por uma pandemia. Ao mesmo passo, documenta a vulgarização das tecnologias de comunicação – que tornaram corriqueiras e instantâneas as trocas entre colegas de diferentes partes do globo – e o crescimento do debate sobre o papel das mídias na construção do juízo crítico. 

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Tem-se, aqui, portanto, um convite a uma história da crítica da arquitetura atenta às especificidades dos debates arquitetônicos das décadas de 1940, 1950 e 1960 e um projeto de colaboração entre pesquisadores engajados nas questões do presente, sem com isso simplificá-las.

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